Blabicentrus Bates, 1866 E Inermestola Breuning, 1942 (Cerambycidae, Lamiinae, Desmiphorini): Espécies Novas Da Região Neotropical Author Galileo, Região Neotropical Maria Helena M. . Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Caixa Postal, 1.888, CEP 90001 - 970, Porto Alegre, RS, Brasil. &. Pesquisador do CNPq. E-mail: galileo @ fzb. rs. gov. br Author Moysés, Eleandro . Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Caixa Postal, 1.888, CEP 90001 - 970, Porto Alegre, RS, Brasil. &. Bolsista PIBIC / CNPq. E-mail: eleandrom @ gmail. com text Papéis Avulsos de Zoologia 2013 2013-12-31 53 11 145 149 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0031-10492013001100001&lng=en&nrm=iso&tlng=pt journal article 10.1590/S0031-10492013001100001 1807-0205 Blabicentrus alberti sp. nov. ( Figs. 1-5 ) Etimologia: Homenagem a Albert Schweining por viabilizar as pesquisas na sua propriedade adquirida para preservação ambiental, Refugio Los Volcanes, localidade-tipo de várias espécies de Cerambycidae . Cabeça preta, revestida por pubescência branca, menos concentrada na fronte, entremeada por longos pelos amarelados. Lobos oculares superiores com oito fileiras de omatídios, tão ou mais próximos entre si do que a largura de um lobo. Lobos oculares inferiores grandes, subquadrangulares. Genas curtas, com cerca de um quarto da altura do lobo inferior dos olhos. Antenas vermelho-alaranjadas, ultrapassam o ápice elitral a partir do meio do antenômero VIII (machos) ou do antenômero IX (fêmeas). Lados do protórax ( Fig. 1 ) com tubérculo acuminado no centro e gibosidade próxima da orla anterior; tegumento castanho-escuro coberto por pubescência esbranquiçada esparsa. Pronoto com pubescência castanho-amarelada no centro e faixa lateral de pubescência esbranquiçada, densa, mais larga no terço anterior; essa faixa não cobre os espinhos laterais; pelos longos, amarelados, concentrados nos lados do pronoto; pontos esparsos, glabros. Escutelo coberto por pubescência castanho-amarelada. Esternos torácicos revestidos por pubescência esbranquiçada entremeada por longos pelos. Metasterno ( Figs. 3, 4 ) com tubérculo desenvolvido a cada lado do terço posterior, com pelos longos, esbranquiçados. Élitros ( Fig. 1 ) castanho-avermelhados revestidos por pubescência castanho-amarelada; faixa de tegumento preto, revestida por pubescência esbranquiçada, na área deprimida ao redor da região circum-escutelar e, paralela à sutura, até o meio dos élitros; faixa estreita de pubescência branca e densa na orla interna da faixa preta; faixa larga de pubescência branca, muito densa, na orla externa da faixa preta, oblíqua da região umeral, descendente para a sutura, até aproximadamente o meio dos élitros e paralela à sutura até o ápice elitral; sutura com tegumento escurecido do meio dos élitros até o ápice elitral. Superfície elitral com abundantes pelos longos, pretos. Extremidades elitrais ( Fig. 2 ) transversalmente truncadas. Fêmures com tegumento avermelhado na base e preto no restante; revestidos por pubescência branca entremeada por pelos longos esbranquiçados. Metafêmures com pontos contrastantes, pequenos. Protíbias avermelhadas no lado externo, revestidas por pubescência esbranquiçada. Mesotíbias pretas, cobertas por pubescência branca na base e acastanhada no restante da superfície. Metatíbias dos machos ( Fig. 5 ) expandidas, avermelhadas na base e o restante preto, nos machos expandidas ( Fig. 5 ), nas fêmeas lineares; face ventral com grânulos aguçados (40x). Metatarsômeros I e II pretos com a base avermelhada. Metatarsômero V tão longo quanto I+ III . Urosternitos avermelhados com os lados acastanhados, revestidos por pubescência esbranquiçada, entremeada por pelos longos. Dimensões em mm: Holótipo : comprimento total, 9.8; comprimento do protórax, 2,1; maior largura do protórax, 2,8; comprimento do élitro, 7,1; largura umeral, 4,1. Parátipos , macho/fêmea: comprimento total, 9,1-11,9/10,4-11,6; comprimento do protórax, 1,8-2,5/2,0-2,5; maior largura do protórax, 2,6-3,5/2,3-3,4; comprimento do élitro, 6,7-9,1/7,8-8,6; largura umeral, 3,6-5,1/3,2-4,7. Material-tipo: Holótipomacho , BOLÍVIA , SantaCruz : Província Florida ( Refugio Los Volcanes , 4 km N de Bermejo , 18°06’S 63°36’W , 1.045 -1.200 m ), 28.X-05. XI.2007 , S.W. Lingafelter col., UV light ( MNKM ). Parátipos : BOLÍVIA , Santa Cruz : Província Florida ( Refugio Los Volcanes , 4 km N de Bermejo , 18°06’S 63°36’W , 1.000 -1.200 m ), macho, 28.X.2011 , Skillman & Wappes col. ( FSPC ); fêmea, 29.X.2011 , Skillman & Wappes col. ( ACMS ); ( 1.045 -1.350 m ) 2 machos, 11-17.XII.2012 , Wappes & Skillman col. ( SWLC , ACMS ); ( 1.000 -1.200 m ), 2 machos, fêmea, 16.XII.2012 , Skillman & Wappes col. macho ACMS , macho e fêmea MZUSP ); 2 machos, 12.XII.2012 , Skillman & Wappes col. ( ACMS , MCNZ ) . Discussão: Blabicentrus alberti sp. nov. apresenta tubérculo pequeno nos lados do protórax e ápice elitral truncado também encontrados em B. brullei Dalens, Touroult & Tavakilian, 2009 , B. martinsi Dalens, Touroult & Tavakilian, 2009 e B. bellus . Na chave de identificação das espécies apresentada por Dalens et. al. (2009), é discriminada no item 3 junto com B. brullei , pelo padrão de colorido dos élitros com faixas de pubescência branca estreitas, que formam desenhos geométricos. Distingue-se pelos dois tubérculos manifestos no terço apical do metasterno que não ocorre nas outras espécies conhecidas do gênero.