Contribuição Para O Estudo Dos Rhinotragini (Coleoptera, Cerambycidae). Iv. Rhopalessa Bates, 1873 Author Clarke, Robin O. S. Hotel Flora & Fauna, Casilla 2097, Santa Cruz de la Sierra, Bolivia. hotelfandf@hotmail.com Author Martins, Ubirajara R. Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo. Caixa Postal 42.494, 04218 - 970, São Paulo, SP, Brasil. urmsouza@usp.br Author Santos-Silva, Antonio Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo. Caixa Postal 42.494, 04218 - 970, São Paulo, SP, Brasil. toncriss@uol.com.br text Papéis Avulsos de Zoologia 2011 2011-12-31 51 21 325 339 journal article 10.1590/s0031-10492011002100001 1807-0205 10085984 Rhopalessa rubroscutellaris ( Tippmann, 1960 ) ( Fig. 9 ) Ommata (Rhopalessa) rubroscutellaris Tippmann, 1960:121 ; Monné, 1993:20 (cat.); Monné & Giesbert, 1994:97 (checklist); Monné, 2005:495 (cat.); Monné & Hovore, 2005:123 (checklist); 2006:122 (checklist); Wappes et al., 2006:17 (checklist). Diagnose: Rhopalessa rubroscutellaris difere de R. durantoni pela presença de mancha alaranjada na base dos élitros. Macho ( Fig. 9 ): Tegumento enegrecido. Cabeça com faixa avermelhada, em toda a circunferência, junto ao protórax, que avança dorsalmente entre os lobos oculares; protórax inteiramente avermelhado; mesosterno, mesepimero e mesepisterno avermelhados; base dos élitros com estreita faixa castanho-avermelhada, que envove o escutelo que é da mesma cor e envolve ou não os úmeros; antenômeros V-XI com anel basal avermelhado, que envolve aproximadamente a meta- de do antenômero a partir do VII. Rostro, margem dos lobos oculares inferiores com abundante pubescência branco-acinzentada; área entre os lobos oculares superiores com pubescência branco-acinzentada pouco concentrada. Distância entre os lobos oculares inferiores igual a 0,1 vezes a largura de um lobo; distância entre os lobos oculares superiores pouco menor do que o triplo da largura de um lobo. Comprimento das antenas igual a 1.5 vezes comprimento elitral; antenômeros VIII-X com comprimento subigual e mais curtos do que o XI. Pronoto com pontos moderadamente grossos e abundantes, em parte confluentes, mais finos e esparsos na área centro-apical; faixa central distinta, moderadamente larga, ultrapassa um pouco o meio do pronoto; disco com pubescência muito curta, entremeada por pelos longos. Élitros com pelos curtos, moderadamente abundantes em toda extensão, entremeados por pelos longos no terço basal; pontuação grossa e abundante em toda a superfície; carenas elitrais bem marcadas da base até quase o ápice; margens laterais um pouco estreitadas na região mediana; ápice convexo e estreitamente arredondado. Pro- meso e metasterno com pubescência branco-acinzentada, abundante (exceto na região anterior do prosterno), entremeada por pelos longos e moderadamente abundantes. Fêmures com pubescência pouco notável, entremeada por pelos longos e curtos. Urosternitos com pubescência branco-acinzentada, entremeada por pelos longos; urosternito V sem franja de pelos voltados para a região central. Variabilidade: Macho – mesosterno, mesepimero e mesepisterno acastanhados; comprimento das antenas igual a 1,4 vezes o comprimento elitral. Dimensões em mm ( ): Comprimento total, 6,00-6,70; comprimento do protórax, 1,25-1,40; largura anterior do protórax, 0,80-0,90; largura posterior do protórax, 0,90-1,00; largura umeral, 1,10-1,25; comprimento elitral, 4,10-4,60. Fêmea ( Tippmann, 1960 ): “Long.: 11,9 mm , lat.: 2,1 mm ”. Tipo, localidade-tipo: Holótipo fêmea, descrita da Bolívia (Região de Chaparé). Tippmann afirmou que o espécime pertencia à sua coleção e, portanto, o holótipo deveria estar depositado no USNM. Steven W. Lingafelter (com. pes.) informou que não localizou o holótipo nessa instituição. Distribuição geográfica: Bolívia [ Cochabamba ( Tippmann, 1960 )], Brasil [ Mato Grosso (novo registro)]. Discussão: Tippmann (1960) já havia predito que a espécie provavelmente também ocorreria no Brasil ( Mato Grosso ). Não foi comentada por Tippmann (1960) a forma das carenas elitrais. No entanto, conforme ocorre com R. durantoni , aparentemente, as fêmeas possuem as carenas menos conspícuas. FIGURAS 6‑11: Vista dorsal: 6 . Rhopalessa clavicornis ( Bates, 1873 ) , fêmea; 7 . idem, macho; 8 . R. demissa ( Melzer, 1934 ) , macho; 9 . R. rubroscutellaris ( Tippmann, 1960 ) , macho; 10 . R. durantoni (Penaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004 ) , macho; 11 . idem, fêmea. Figuras 10 e 11 (http://www.entomoservice.fr). Material examinado: BRASIL , Mato Grosso : Utiariti ( Rio Papagaio ), 2 ♂♂ , 01-12.XI.1966 , Lenko & Pereira col. ( MZSUP ) .