Descrição de seis espécies de Chinavia (Hemiptera, Pentatomidae, Pentatominae) da América do Sul Author Schwertner, Cristiano F. Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Av. Bento Gonçalves, 9500, Bloco IV, Prédio 43435, 91501 - 970 Porto Alegre, RS, Brasil & Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. acrosternum@yahoo.com.br Author Grazia, Jocélia Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Av. Bento Gonçalves, 9500, Bloco IV, Prédio 43435, 91501 - 970 Porto Alegre, RS, Brasil. jocelia@ufrgs.br text Iheringia, Sér. Zool. 2006 2006-06-30 96 2 237 248 journal article 10.1590/S0073-47212006000200015 363bb64c-5e2a-4a2f-bfa1-3951d400082f 3715149 Chinavia schuhi sp. nov. ( Figs. 3 , 13-15 , 25-27 , 36, 37 , 44 , 48 ) Diagnose. Coloração geral do corpo verde, com margens da cabeça, pronoto, hemiélitros e conexivo vermelhos; cicatrizes e ângulos basais do escutelo imaculados. Rostro ultrapassando as metacoxas. Diferencia-se de C. aseada ( Rolston, 1983 ) e C. ubica ( Rolston, 1983 ) pela coloração do espiráculo castanhoclara, ângulos umerais mais projetados e bordos posteriores dos gonocoxitos 8 levemente convexos. Diferencia-se de C. nigrodorsata (Breddin, 1901) e C. simplicis ( Rolston, 1983 ) pelaausência de calos amarelos junto aos espiráculos. Medidas. Comprimento médio /: 12,76/15,05; largura abdominal: 7,41/8,78. Demais parâmetros morfométricos, Tab. I . Coloração. Face dorsal verde; margens laterais das jugas, do pronoto, do terço basal do cório, do conexivo e dos urosternitos com uma faixa vermelha ( Fig. 3 ). Pontuação dorsal verde-escura no pronoto, escutelo e cório; na cabeça, pontuação concolor. Mancha negra entre o olho e a base da antena presente. Antenas predominantemente verdes, com exceção do apical do terceiro e da metade apical do quarto e quinto artículos, manchados de negro. Rostro verde-claro. Cicatrizes do pronoto e ângulos basais do escutelo imaculados. Pernas verdes. Membrana dos hemiélitros transparente, com mancha enfuscada junto ao ângulo basal interno; com os hemiélitros em repouso, a mancha está junto ao ápice do escutelo. Conexivo sem pontuação; ponto negro no ângulo póstero-lateral dosurosternitos inconspícuo. Face ventral verde-clara, com uma faixa mediana longitudinal mais clara que inclui o rostro e as coxas. Pontuações da face ventral concolores; alguns exemplares com pontuações ferrugíneas no tórax. Espiráculos castanhoclaros a castanho-escuros. Cabeça. Densamente pontuada dorsalmente e pontuação ventral menos densa. Jugas com disco plano, margens retilíneas e convergentes em direção ao ápice, este de contorno subtriangular. Proporção dos artículos antenais: I<II<III<IV V ( Tab. I ). Rostro com o comprimento variável, ultrapassando o terceiro urosternito e podendo atingir até o meio do quarto. Proporções dos segmentos do rostro: I<II>III>IV; I IV ( Tab. I ). Figs. 7-15. Pigóforo, vistas dorsal, ventral e posterior, respectivamente: 7-9, Chinavia cearensis sp. nov. ; 10-12, C. rufitibia sp. nov. ; 13-15, C. schuhi sp. nov. (abv, aba do folheto superior do bordo ventral; bd, bordo dorsal; bv, bordo ventral; cv, carena do bordo ventral; cx, carena do segmento X; mlap, margem lateral dos ângulos póstero-laterais; pa, parâmero; pbd, processo do bordo dorsal; rm, recorte mediano do bordo ventral; x, segmento X). Escala = 1 mm. Tórax. Pontuação menos densa que a da cabeça. Margens ântero-laterais do pronoto sub-retilíneas; ângulos umerais levemente projetados. Ângulo costal do cório arredondado, atingindo o bordo posterior do conexivodo VI segmento. Peritrema ostiolar estendendose um pouco além metade da largura da metapleura. Abdome. Convexo a levemente subtriangular ventralmente. Conexivo com pontuação mais rasa que a da superfície dorsal do corpo; metade da largura do quarto, quinto esexto segmentos vísiveis em vista dorsal. Espinho do terceiro urosternito inconspícuo, formando um tubérculo rombo que não atinge a margem posterior das metacoxas. Genitália do macho. Pigóforo com contorno subtriangular; ângulos póstero-laterais pouco projetados ( Fig. 13 ). Taça genitalmoderadamente escavada. Projeção mediana do bordo dorsal (pbd) retilínea no ápice, terços laterais do bordo dorsal não projetados sobre a taça genital. Margens laterais dos ângulos póstero-laterais (mlap) convexas. Abas do bordo ventral (abv) moderadamente dobradassobre a taça genital; superfície das abas plana, margem lateral externa defletida, emarginada, côncava e crenulada em toda sua extensão, com um dente apical curvo dirigido ântero-lateralmente ( Fig. 13 ); margem lateral interna côncava, formando um “ V” abertoem vista posterior ( Fig. 15 ). Recorte mediano dobordo ventral (rm) amplo. Depressão dobordo ventral rasa, carena mediana (cmv) inconspícua ( Figs. 13, 14 ). Segmento Xlevemente arredondado no ápice, com escavação profunda; carena do segmento X (cx) semicircular ( Figs. 13, 15 ). Parâmeros com base (bp) e corpo (cp) subiguais em comprimentoe largura ( Fig. 25 ). Processo basal doparâmero (pb) amplo naregião proximal, curvo em direção anterior; corpo retilíneo, face interna fortemente côncava; ápice com contorno subtriangular ( Figs. 25-27 ). Phalloteca (ph) com superfície ventral côncava e abertura póstero-ventral ( Fig. 37 ). Vésica (v) curvada ventralmente, afilada no ápice, com diâmetro igual ao do ductus seminis proximalis (dsp); processos (pv) retilíneos, ápices divergentes ( Figs. 36, 37 ). Genitáliada fêmea. Sinuosidadedo bordoposterior do segmento VII inconspícua sobre os ângulos basais dos laterotergitos 8 (la8) ( Fig. 44 ). Gonocoxitos 8 (gc8): superfície levemente convexa, ângulos suturais arredondados, bordos suturais não-justapostos e posteriores levemente convexos, ângulos póstero-laterais não-desenvolvidos. Gonapófises 8 (g8) subiguais em comprimento aos gonocoxitos 8. Laterotergitos 9 (la9) com ápices arredondados, margens internas côncavas e levemente divergentes, superfície côncava. Bordo posterior dos gonocoxitos 9 (gc9) côncavo; espinho do bordo posterior das gonapófises 9 (eg9) bem desenvolvido, ultrapassando o meio dos gonocoxitos 9, parcialmente encoberto pelas gonopófises 8 ( Fig. 44 ). Espessamento posterior (epiv) pouco esclerotizado; espessamento anterior da íntima vaginal (eaiv) curto, envolvendo apenas o ápice do orificiumreceptaculi (or). Ductus receptaculi (dr), na região anterior àáreavesicular (av), mais de duas vezes o comprimento do ductus receptaculi posterior à área vesicular ( Fig. 48 ). Pars intermedialis (pi) cônica, subigual em comprimento à capsula seminalis (cs), ecom o metade do diâmetro desta. Crista anular anterior (caa) de diâmetro menor que o da crista anularposterior (cap), voltada para a área vesicular; crista anular posterior levemente voltada para a pars intermedialis . Processos da capsula seminalis (pcs) quatro vezes o comprimento da pars intermedialis ( Fig. 48 ). Figs. 16-21. Pigóforo, vistas dorsal, ventral e posterior, respectivamente: 16-18, Chinavia sebastiaoi sp. nov. ; 19-21, C. vanduzeei sp. nov. Escala = 1 mm. Material-tipo. Holótipo , PERU , Loreto : médio Rio Ucayali , VIII.1926 , F6130, H. Bassler coll., Acc. 33591 ( AMNH ). Parátipos ., COLÔMBIA, Bolívar : Zambrano , Hda. Monterrey , 70 m , 9°37’48’’ N- 74°54’44’’ W ,, 21.X.1993 , F. Fernandez & G. Ulloa col., Malaise 3, Casa Nueva 7 ( IAVH , n. 05097 );, mesmos dados do holótipo ( DZRS ) ;, BRASIL , Amazonas : Manaus , VII.1935 , G. V. Vredenburg col, Brit. Mus. 1935/615 ( BMNH );, Br 174, Km 45, 8.IV.1982 , E. L. Oliveira ( INPA ) . Etimologia. Nomeemhomenagem ao Dr. Randall T. Schuh, curador de Heteroptera do AMNH, cujo trabalho tem sido fundamental no estudo e conhecimento dos heterópteros. Distribuição. Colômbia (Bolívar), Peru (Loreto) e Brasil (Amazonas).