Novas Espécies De Cerambycinae (Cerambycidae, Coleoptera) Da Região Neotropical
Author
Martins, Ubirajara R.
Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo. Caixa Postal 42.494, CEP 04218 - 970, São Paulo, SP, Brasil.
urmsouza@usp.br
Author
Galileo, Maria Helena M.
Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Caixa Postal 1.188, CEP 90001 - 970, Porto Alegre, RS, Brasil.
galileo@fzb.rs.gov.br
text
Papéis Avulsos de Zoologia
2011
2011-12-31
51
11
189
195
journal article
10.1590/s0031-10492011001100001
1807-0205
10085960
Macroeme similis
sp. nov.
(
Fig. 1
)
Etimologia:
Latim, similis = semelhante; alusivo a semelhança com
M. priapica
(Thomson, 1857)
, espécie-tipo do gênero.
Colorido geral castanho-alaranjado. Cabeça e pronoto castanho-escuros. Fronte densamente pontuada, os pontos relativamente grandes. Vértice com o mesmo tipo de pontuação; interior dos pontos microesculturado. Genas com ápice arredondado. Palpos maxilares pouco mais longos que os palpos labiais. Olhos inteiros. Lobos oculares superiores largos, tão distantes entre si quanto quase o dobro da largura de um lobo. Lobos oculares inferiores com alguns pelos inseridos entre os omatídios (50x). Antenas atingem os ápices elitrais na base do antenômero VII. Escapo com pontuação áspera. Antenômero III com pontos ásperos (30x).
Protórax mais longo do que largo, constrito na base; lados pouco convergentes para a borda anterior e mais largo atrás do meio. Pronoto com pontos contíguos e microesculturados no interior (40x); pubescência amarelada curta, muito esparsa. Metade posterior do pronoto com depressão e traço longitudinal escurecido. Processo prosternal estreito e curvo. Processo mesosternal com lados paralelos; no ápice, tão largo quanto metade de uma mesocoxa.
Élitros mais amarelados na região centro-dorsal; pontuação densa em toda a superfície; pelos elitrais curtos, abundantes e amarelados. Extremidades elitrais arredondadas.
Profêmures gradualmente alargados até o quarto apical. Meso- e metafêmures lineares, finamente pontuados. Metatarsômero I tão longo quanto II+III.
Face ventral do corpo alaranjada, coberta por pelos amarelados esparsos; urosternitos amarelo-alaranjados.
Dimensões em mm:
Comprimento total, 11,9; comprimento do protórax, 2,6; maior largura do protórax, 2,3; largura do protórax no adelgaçamento basal, 1,1; comprimento do élitro, 8,2; largura umeral, 2,3.
Material-tipo:
Holótipo
macho,
BOLÍVIA
,
Santa Cruz
:
Buena Vista
(
Hotel Flora
&
Fauna
),
17-20.X.2000
,
R
.
Morris
col. (
MNKM
)
.
Discussão:
Macroeme similis
sp. nov.
, na chave para as espécies (
Martins, 1997
), é discriminada com
M. condyla
(Martins, 1971)
pelos élitros sem áreas ou faixas escuras e pelas genas com ápice arredondado; distingue-se pelos antenômeros III e IV sem projeções no ápice interno. Em
M. condyla
,
as pontas dos antenômeros III e IV têm tubérculos. Difere de
M. priapica
(Thomson, 1857)
pelas menores dimensões, pelo protórax mais alongado e pela ausência de faixas pretas nos élitros. Em
M. priapica
,
as dimensões são maiores (
14 a 30 mm
), o protórax é mais curto e mais expandido para os lados no meio e os élitros têm faixas longitudinais castanho-escuras. O protórax de
M. similis
sp. nov.
é mais semelhante ao de
M. cylindrica
(Thomson, 1857)
e difere pelos flagelômeros castanho-alaranjados e pela ausência de manchas pretas nos élitros. Em
M. cylindrica
(
Fig. 2
) os flagelômeros são pretos e os élitros têm manchas pretas.