Novos Táxons Em Hippopsini, Desmiphorini, Xenofreini E Acanthoderini (Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae)
Author
Galileo, Maria Helena M.
Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Caixa Postal 1188, 90001 - 970, Porto Alegre, RS, Brasil
Author
Martins, Ubirajara R.
Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo, Caixa Postal 42494 - 970, 04218 - 970, São Paulo, SP, Brasil
urmsouza@usp.br
text
Papéis Avulsos de Zoologia
2006
2006-12-31
46
3
21
29
journal article
10.1590/S0031-10492006000300001
1807-0205
10085873
Trichohippopsis exilis
sp. nov.
(
Fig. 1
)
Etimologia. Latim,
exilis
= fino; alusivo à forma esbelta do corpo.
Cabeça com tegumento castanho-avermelhado, revestida por pubescência branco-amarelada na fronte e nas genas. Vértice com três faixas de pubescência amarelada, uma central e uma a cada lado; tegumento entre essas faixas densamente pontuado. Gula glabra com tegumento brilhante. Antenas castanhoavermelhadas com o ápice dos antenômeros III-IX mais escuros. Escapo achatado dorso-ventralmente, com cicatriz apical, densa e irregularmente pontuado, com pêlos curtos e curvos. Flagelômeros com pêlos muito longos, sinuosos, no lado interno.
Protórax castanho-escuro com margens anterior e posterior avermelhadas; com cinco faixas longitudinais de pubescência amarelada e densa,uma central no pronoto e quatro laterais; tegumento pontuado entre as faixas. Esternos torácicos fina e densamente pontuados, recobertos por pubescência esbranquiçada. Lados do metasterno com faixa estreita de pubescência amarelada.
Escutelo revestido por pubescência densa, amarelada. Élitros castanho-avermelhados com faixa longitudinal, dorsal, castanho-escura, paralela à sutura da base ao terço apical; em cada élitro três faixas longitudinais de pubescência amarelada esparsa, as duas laterais sobre a costa que é discreta e longitudinal; sobre os frisos sutural e lateral omesmo tipo de pubescência. Pontuaçãoelitral densa; extremidades arredondadas no ângulo sutural e subaguçadas no ângulo externo.
Pernas com tegumento avermelhado, menos a parte central dos fêmures, castanho-escura. Urosternitos castanho-escuros, densamente pontuados, com área central mais avermelhada e quatro faixas longitudinais de pubescência amarelada.
Dimensões, em mm, holótipo macho/parátipo fêmea. Comprimento total, 12,4/11,5; comprimento do protórax, 2,1/2,1; maior largura do protórax, 1,3/1,3; comprimento do élitro, 9,4/9,0; largura umeral, 1,9/1,8.
Material-tipo.Holótipomacho,
BOLÍVIA
, SantaCruz:
Buena Vista (
4-6 km
SSE, Hotel Flora & Fauna,
22-31.X.2002
,
Wappes
&
Morris
col. (
MNKM
).
Parátipo
fêmea,
ditto
(
3,7 km
SSE Hotel Flora
&
Fauna
,
430 m
),
5-15.XI.2001
, M.C. Thomas & D.K. Dozier
col., “
blackligth trap
,tropical transition forest” (
FSCA
)
;
ditto,
2 machos (
MZSP
,
FSCA
)
,
fêmea,
15-22.XI.2001
, mesmos coletores e formação (
MCNZ
)
;
ditto,
macho
mesmos dados do holótipo,
15-22.XI.2002
, R. Clarke
col. (ACMB).
Discussão.
Trichohippopsis exilis
sp. nov.
distingue-se de
T. suturalis
Martins & Carvalho, 1983
pela presença de
faixas de pubescência amarelada na cabeça e no
protórax e pela presença de costas discretas nos élitros.
Trichohippopsis rufula
Breuning, 1958
, que não exa-
minamos, tem o corpo uniformemente revestido por
pubescência vermelho-acastanhada, sem faixas escuras nos élitros.
T. exilis
difere por apresentar, em cada
élitro, uma faixa longitudinal acastanhada e três faixas
de pubescência amarelada.