Flora da Paraíba (Brasil): Bignonieae (Bignoniaceae) Author Costa, Swami Leitão Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Biologia, Rua D. Manoel de Medeiros, s / n, CEP 52171 - 900, Recife, PE, Brasil. swamilcosta@gmail.com Author Johanes, Isabella Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Biociências, Av. Moraes Rego, s / n, Cidade Universitária, CEP 50670 - 420, Recife, PE, Brasil. Author Lohmann, Lúcia Garcez Universidade de São Paulo, Instituto de Biociências, Departamento de Botânica, Rua do Matão, trav. 14, n. º 321, Cidade Universitária, CEP 05508 - 090, São Paulo, SP, Brasil. Author Melo, José Iranildo Miranda de Universidade Estadual da Paraíba, Centro de Ciências Biológicas e da SaÚde, Departamento de Biologia, Av. das BaraÚnas, 351, Bairro Universitário, CEP 58429 - 500, Campina Grande, PB, Brasil. text Iheringia, Série Botânica 2022 e 2022019 2022-09-10 77 1 25 http://dx.doi.org/10.21826/2446-82312022v77e2022019 journal article 294072 10.21826/2446-82312022v77e2022019 d7fb5512-83c5-4c3e-9c1e-38eee813bb1c 2446-8231 10950911 5.1. Cuspidaria argentea (Wawra) Sandwith, Kew Bull. 9: 606. 1955. ( Figs. 3 G-I; 6 J) Liana, 2,0−3,0 m compr.; ramos cilíndricos, estriados, lenticelas presentes, pubescentes, tricomas simples; profilos das gemas axilares triangulares, não foliáceos. Folhas 2-3-folioladas, com folíolo terminal geralmente modificado em gavinha simples, discos adesivos ausentes; pecíolos 1,2−2,3 cm compr.; peciólulos 0,3−0,6 cm compr.; folíolos concolores, cartáceos, ovados a elípticos, base arredondada a cuneada, ápice cuneada a atenuada, 0,8−1,5 × 0,6−3,5 cm , margem inteira, densamente velutinos em ambas faces, tricomas simples. Inflorescência em tirso, terminal, velutina, tricomas simples. Cálice rosa, cartáceo, campanulado, minutamente 5-apiculado, 0,4−0,5 × 0,3−0,4 cm , densamente velutino, tricomas simples; corola magenta, membranácea, infundibuliforme, 1,5−2,0 × 0,5−0,7 cm , externamente densamente velutina, tricomas simples; androceu com estames insertos, anteras, ca. 0,3 cm compr., curvadas para frente, glabras, filetes maiores 0,9−1,3 cm compr., filetes menores 0,7−0,9 cm compr., estaminódio ca. 0,3 cm compr.; gineceu com ovário ca. 0,3 cm compr., liso, glabro, estilete ca. 1,3 cm compr.; disco nectarífero anelar. Cápsula coriácea, inflada, oblongo-elíptica, base e ápice agudos, 7,0−9,0 × 4,5−5,5 cm , lisa, lenticelas ausentes, com quatro alas laterais, glabra; sementes aladas, 1,0− 1,5 cm compr. Distribuição: Cuspidaria argentea é endêmica do Brasil , ocorrendo na Caatinga, desde o Maranhão até a Bahia ( Lohmann et al . 2020 ). Na Paraíba também foi encontrada em áreas adjacentes a afloramentos rochosos graníticos em solos pedregosos e argilosos ( Costa et al. 2019a ). Fenologia: Foi coletada com flores e frutos em janeiro. Comentários taxonômicos: Cuspidaria argentea pode ser reconhecida pelos folíolos, cálices e corolas densamente velutinos, com tricomas simples e cápsulas oblongo-elípticas com quatro alas laterais. Material examinado: BRASIL . PARAÍBA : Cajazeiras, 08.I.2015 , fl. e fr., A.N.T. Bandeira, F.C.P. Costa & F.M. Sobreira 88 (HACAM); Cajazeiras, Serra de Santa Catarina , 16.VII.2014 , fr., L.B Pimentel & V.M. Cotarelli 98 (HUEFS); São José dos Cordeiros, RPPN Fazenda Almas, 15.II.2003 , fl., M.R. Barbosa et al. 2675 (HUEFS); Picuí, Serra de Picuí, 08.III.2002 , fl., M.F. Agra et al. 5669 (HUEFS).