Revisão do gênero Paramecocephala Benvegnú, 1968 (Heteroptera, Pentatomidae)
Author
Frey-da-Silva, Angélica
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Biociências, Departamento de Zoologia, Prédio 43435. Av. Bento Gonçalves 9500, 91501 - 570 Porto Alegre-RS, Brasil.
angelzi@zipmail.com.br
Author
Grazia, Jocélia
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Biociências, Departamento de Zoologia, Prédio 43435. Av. Bento Gonçalves 9500, 91501 - 570 Porto Alegre-RS, Brasil.
jocelia@ufrgs.br
Author
Fernandes, José Antônio Marin
Universidade Luterana do Brasil, Faculdade de Biologia. Rua Miguel Tostes 101, 92420 - 280 Canoas-RS, Brasil
josefern@ufrgs.br
text
Revista Brasileira de Entomologia
2002
2002-06-30
46
2
209
225
journal article
10.1590/S0085-56262002000200013
4ca96835-76d5-4786-a3b6-7481d57e2144
3626931
Paramecocephala foveata
Benvegnú, 1968
(
Figs. 1
,
6
,
54
)
Paramecocephala foveata
Benvegnú, 1968: 89
.
Macho. Medidas (n=1): comprimento total 13,00; comprimento total da cabeça 2,85; largura 2,50; comprimento adiante dos olhos 1,80; distância interocular 1,80; comprimento do pronoto 2,80; largura 6,65; comprimento do escutelo 4,80; largura 4,40; largura abdominal 7,00; comprimento dos segmentos antenais: I 0,80; II 0,40; III 1,60; os demais faltam (
Benvegnú 1968
).
Descrição. Cabeça levementemais longa que larga (
Fig. 6
), amarelada, pontuação castanha, regularmente distribuída, sendo rara sobre o clípeo. Superfície ventral amarelada a enegrecida, densamente pontuada, pontuação negra. Antenas castanho-amareladas. Rostro amarelado, muito longo, ultrapassando o meio do VII urosternito. Pronoto amarelado, declivente na altura dos úmeros e em direção à cabeça; pontuação castanha. Margens ântero-laterais sub-retilíneas, emarginadas e íntegras. Presença de manchas calosas concolores atrás das cicatrizes. Superfície ventral castanha a amarelada, pontuação castanha. Peritrema ostiolar castanhoamarelado. Mesosterno e metasterno castanhos. Pernas amareladas. Ápice do escutelo amarelado; pontos mais confluentes formandodois aglomerados nametade basal euma linha que se estende desde a base até o ápice do escutelo. Ângulos basais do escutelo com grandes fóveas negras. Ângulospóstero-lateraisdocórioagudosalcançandoamargem posterior do Vsegmento do conexivo. Mancha calosa do ápice da veia Rádio alongada, esbranquiçada. Sutura da membrana sinuosa. Conexivo amarelado, densamente pontuado, pontuação concolor. Ângulos póstero-laterais pouco pronunciados e arredondados. Superfície ventral do abdome amarelada, pontuação castanha, mais concentrada entre os espiráculos e as margens laterais; estas com pontuação concolor. Sulco mediano abdominal avermelhado alcançando a metade do VII urosternito. Pequenas manchas castanhas nos ângulos ântero-laterais. Espiráculos castanhos. Base dos tricobótrios amarelada.
Genitália. Bordo dorsal do pigóforo destituído deprocessos medianos. Ângulospóstero-laterais moderadamente escavados, levemente projetados, auriculares. Carena do X segmento subtriangular, áreas laterais à carena muito pouco profundas; processos dos ângulos basais desenvolvidos, agudos. Folheto superior do bordo ventral sub-retilíneo medianamente, estruturas globosas com ápice agudo. Folheto inferior com elevações medianas quase imperceptíveis. Parâmeros pouco visíveis em vista dorsal. Processos ventrais da
phalloteca
levemente divergentes e recurvados dorsalmente, arredondados no ápice, mais largos e mais curtos que os
processus conjuntivae
1.
Processus conjuntivae
1 curvados em direção dorsal;
processus conjuntivae
2 digitiformes.
Fêmea semelhante ao macho. Medidas (n=1): comprimento total 13,28; comprimento total da cabeça 2,75; largura 2,59; comprimento adiante dos olhos 1,78; distânciainterocular 1,54; comprimento do pronoto 2,59; largura 6,64; comprimento do escutelo 4,78; largura 4,29; larguraabdominal 7,29; comprimento do cório 5,91; comprimento dos segmentosantenais: I 0,65; II 0,49; III 1,70; IV 1,13; V 1,22.
Genitália (
Fig. 54
). Gonocoxitos 8 como bordo posterior sub-retilíneo; ângulos suturais arredondados, não salientes. Bordos suturais retilíneos e paralelos. Laterotergitos 8 com os bordos posteriores nitidamente projetados em ângulo agudo, ultrapassando em muito os laterotergitos 9. Laterotergitos 9 espatulares, ápiceem ângulo agudo, ultrapassandoem muito a banda que une dorsalmente os laterotergitos 8. Margem interna retilínea na metade basal e levemente convexa e divergente na metade apical; margem externa sub-retilínea.
Material examinado.
Holótipo
macho
.
BRASIL
.
Minas Gerais
:
Belo Horizonte
,
4. XI. 1965
,
R. Hilbert
col. (
MCNZ
).
Parátipo
.
Mato Grosso
:
Chapada dos Guimarães
,
1 fêmea
,
2. II. 1961
,
J. & B. Bechyné
col. (
MPEG
)
.
Comentários.
Essa
espécie distingue-se das demais pelas fóveas nos ângulos basais do escutelo e rostro muito longo, atingindo o meio do VII urosternito.