Novos Táxons E Notas Sobre Cerambycidae (Coleoptera) Da Costa Rica
Author
Martins, Ubirajara R.
. Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo, Caixa Postal 42.594, 04218 - 970, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: urmsouza @ usp. br &. Pesquisador do CNPq.
Author
Galileo, Maria Helena M.
. Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Caixa Postal 1.188, 90001 - 970, Porto Alegre, RS, Brasil. E-mail: galileo @ fzb. rs. gov. br &. Pesquisador do CNPq.
text
Papéis Avulsos de Zoologia
2012
São Paulo
2012-09-28
52
26
311
314
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0031-10492012002600001&lng=pt&nrm=iso&tlng=en
journal article
10.1590/S0031-10492012002600001
1807-0205
13175497
Eburia lanigera costaricensis
subsp. nov.
(
Fig. 1
)
Macho:
Cabeça com tegumento castanho-avermelhado coberto por densa pubescência acinzentada. Parte centro-posterior do clípeo elevada e glabra. Região central da fronte e pequena área centro-posterior do vértice, também brilhantes. Lobos oculares superiores com sete fileiras de omatídios. Gula quase glabra, com sulco transversal discreto junto ao lábio.
Antenas com tegumento castanho-avermelhado atingem os ápices dos élitros aproximadamente na base do antenômero VIII. Escapo gradualmente engrossado para o ápice, esparsamente pubescente, especialmente, no lado externo. Flagelômeros mais densamente pubescentes em direção às pontas das antenas.
Pronoto com tegumento castanho-avermelhado, mais preto para os lados e nos tubérculos anteriores. Tubérculos pronotais glabros e acuminados, principalmente, se vistos de lado.
Centro
do pronoto com pequena região glabra. Lados do pronoto com superfície irregular, especialmente na base. Lados do protórax com tubérculo espiniforme, moderado, e tubérculo anterior arredondado no topo. Cavidades coxais anteriores fechadas no lado. Prosterno coberto por pubescência acinzentada.
Élitros castanho-avermelhados revestidos por pubescência acinzentada densa; cada um com quatro manchas ebúrneas: duas na base, a externa reduzida a um ponto e duas no meio a interna menor e situada quase no ápice posterior da interna. Cada élitro com faixa longitudinal glabra, que inicia na base ao lado da mancha ebúrnea grande, bifurca-se aproximadamente no ápice desta, volta a se fundir antes das machas ebúrneas centrais e bifurca-se novamente após estas: a externa é reta e prolonga-se até quase o ápice, a interna volta-se para a sutura e segue paralela até o ápice, coberta por alguma pubescência.
Extremidades elitrais com espinho alongado, sutural e apenas projetadas em espículo no ângulo marginal.
Fêmures com tegumento castanho-avermelhado revestidos por pubescência acinzentada. Ápice interno dos meso- e metafêmures com espinho. Tíbias e tarsos pubescentes.
Dimensões mm,
holótipo
macho:
Comprimento total, 19,0; comprimento do protórax, 3,5; maior largura do protórax, 4,1; comprimento do élitro, 12,8; largura umeral, 4,7.
Material-tipo:
Holótipo
macho,
COSTA RICA
,
Guanacaste
:
Playa Matapalo
,
Hotel
RJV,
22.V.2010
,
M.A. Zumbado
col., “luces del hotel” (
MIUC
)
.
Discussão:
Eburia lanigera costaricensis
subsp. nov.
é semelhante à forma típica,
Eburia
l.
lanigera
Linell, 1898
, conhecida das Ilhas Galápagos, na pubescência acinzentada densa em todo corpo, nas faixas glabras dos élitros e nas manchas elitrais ebúrneas. Difere: pelos lobos oculares superiores mais largos com sete fileiras de omatídios; pelo espinho externo do ápice dos élitros menos desenvolvido, pela presença de espinhos longos na extremidade interna dos meso- e metafêmures. Em
E. l.
lanígera
,
os lobos oculares superiores têm seis fileiras de omatídios; os ápices dos élitros têm dois espinhos, o externo é longo; os espinhos dos meso- e metafêmures são mais curtos.